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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O Vasssalo e a Bruxa

O Cavaleiro abortado se curva na presença da bruxa amada, com a alma sufocada de tanto reprimir o que sente. Com um pesar na voz desabafa.


Teus olhos negros são como a penumbra das florestas
Encantam tanto quanto as aves do paraíso;
Seus lábios me tocam e me levam a perder o contato com o chão
Como numa picada de um gira-gira.
E se me desprezas igual a um criado
Disponho-me a ser seu humilde elfo servil
Pois tua ausência é um olhar de um basilisco,
Um beijo de um dementador.

Que desgraça a minha,
Ardilosa maldição,
Noite persistente...

 Não sou mais que um aborto
- quem sabe o pior entre todos,
Pois não tenho nem mesmo quem amo.
Por Merlin, Donde vem tamanha desventura?
 Desgostosa azaração que tanto perdura.

Sinto por não poder lhe protejer,
pois sou o mais fracos entre os bruxos.
Poucas alternativas me convêm escolher.
Apenas opções obscuras.
Sinto a morte cada vez mais como uma companheira acolhedora
O único ombro que me serviria de cura.

A Bruxa de semblante acolhedor observa seu cavaleiro com admiração. Ela rebate.
  
Oh, meu cavalheiro,
Sua coragem e astúcia se igualam a de um tronquilho
Que defende com fervor e audácia seu pinheiro robusto.
Diga-me que magia romperia a nossa relação?
Pois que qualquer resposta seria um engano:
Essa interação é incorruptível.

 Não sinta falta do que já tens meu cavaleiro.
 Eu lhe pertenço.
 Enfrentaremos bruxos revoltados e trouxas intolerantes
 E jamais temerei por minha segurança.
Pois meu Valente cavaleiro é
Mais esperto que qualquer duende
Mais forte que um Dragão.

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